quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
domingo, 30 de maio de 2010
Minha mãe diz que eu não tenho limites pra nada e ela ta coberta de razão até o último fio preto ou branco de cabelo.
Meu padrinho diz que eu sou a mais alta e a mais bonita de todas e padrinho não mente.
Meu namorado diz que eu faço cara de smile de msn. (Se padrinho não mente, talvez ele se engane, né?)
A amiga meio bruxa da mãe diz que eu sou briguenta, mas se tu andares na linha comigo eu sou um amor e faço até cara de smile de msn pra ti!
O maluco acha feio eu roer minhas unhas mas eu nem faço isso mais, a não ser que uma unha quebre daí eu rôo as outras todas só de raiva.
A vizinha do andar debaixo não gosta que eu ligue a máquina de lavar de madrugada, mas eu gosto!
A Taís loira-ruiva-morena-sei lá que cor diz que eu não tenho jeito!
Esta não é uma história de amor
Ele é lindo, tem os olhos mais castanhos e mais esperançosos que você já viu. Quantas coisas estes olhos tão castanhos tem a te dizer, quantas coisas tem a te acrescentar e a te ensinar. Dono de um sorriso branco e cheio de desejos. Capaz de acabar com todos os seus medos e capaz de te fazer rir. Eu disse te fazer rir. Te fazer rir sem motivo, sem medo do perigo, sem frescura, sem bobagem, sem censura. Ele é alto sem ser mongol, daqueles altos que te abraçam e te levantam, que tu tem que beijar na pontinha do pé, que se abaixam para fazer juras de amor no seu ouvido. Você se sente tão pequena e tão frágil perto dele, o que é ótimo, afinal ele te protege, faz tu se sentir segura. Faz tu te sentir tantas coisas que tu nem imaginava que poderia ser. Daí um belo dia ele olha nos teus olhos e te diz: Eu curto Armandinho.
quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
Quando eu mudei de colégio, na quinta série, eu queria brincar de Barbie e assistir chiquititas, mas minhas colegas queriam ficar com os guris da oitava.
Quando eu tava na oitava eu fui a penúltima da sala a beijar. A mais feia da aula conseguiu tal proeza e eu "dei jeito na vida", fiquei com um guri que agora é emo e eu, uma traumatizada (quando ele ler isso, talvez, uma mulher morta).
Quando eu morei sozinha e não tive dinheiro pra comprar um sorvete no fim de semana, eu dei mais valor pro tomate quase estragando na geladeira.
Quando eu vi meu quarto MUITO desarrumado, eu simplesmente deixei ele muito desarrumado.
Quando eu levei o primeiro pé na bunda eu achei um absurdo alguém ter o direito de não me querer e quando levar o vigésimo, continuarei a achar absurdo. Mas quando eu quis dar o pé da bunda eu descobri que eu não era capaz de fazer isso. Não que eu seja uma pessoa muito boa, veja bem, é exatamente o contrário, eu prefiro manter a ponta-pé até ouvir a palavra mágica "Fim" (Explicado os 19 pés, né?).
Quando eu pesei mais que o meu pai eu percebi que os membros da família podem ser os teus piores inimigos.
Quando eu precisei de grana eu vendi minhas coisas e quando eu não precisei também, afinal eu vivo num mundo capitalista.
Quando eu bebi demais eu fiz coisas que eu não acreditaria mas não vou escrever aqui porque, na verdade, eu ainda não acredito.
Quando eu reli tudo isso eu percebi que eu queria escrever melhor, que eu queria aprender mais, que eu queria ensinar mais, que eu queria viver mais. Mas eu não queria, nem por um segundo, esquecer de quem eu sou.
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
Eu podia estar matando, roubando, mas tô aqui vagabundiando
Minha mãe certa vez tinha dito que só se livraria das obrigações domésticas aqui em casa quem contratasse alguém para fazê-las, a entonação dela foi irônica, porém eu sempre me aproveito da ironia dos outros quando me convém.
Ao encontrar o melhor da PUC não me contive:
- Sabe aquele folder da mulher que arruma guarda-roupas?
- Sim, tu me mostrou outro dia, muito engraçado. Que tem?
- Contratei!
- Ter dinheiro é outra coisa, né?
- Realmente deve ser, porque se eu tivesse contraria uma diariamente pra lavar a louça também.
Lavar a louça. Era a única obrigação que eu tinha, minha mãe achava bonito as pessoas terem uma obrigação e como eu não trabalhava ela queria me dar ocupações. Eu sempre tive certa aversão com compromissos e de qualquer natureza, achava um saco até ter que ligar pro namorado pra dar boa noite e isso que o namorado me dava sexo, coisa que a louça não fazia.
Cheguei em casa, após um dia exaustivo de muita louça e muita professora medindo os trabalhos acadêmicos com fita métrica pra verificar se estavam nas malditas regras da abnt(ahpeganomeuebalança) quando só uma coca-cola cheia de substâncias corrosivas me faria feliz, e contei pra minha irmã sobre o diálogo com melhor da PUC.
- Eu acho que tu vai ser um gênio!
- Quê?
- Tu é diferente de todas as pessoas que eu conheço.
- ? – faço cara de Monalisa e finjo que está tudo bem.
- Eu acho que tu vai inventar uma máquina, algo muito extraordinário.
- Hum – deixei que ela prosseguisse com seu raciocínio.
- Porque a ovelha negra da família – naquele instante eu acabava de ter sido promovida a ovelha negra – sempre se dão bem… ou muito mal. São dois extremos, acho que tu tende a um deles.
Gostei da idéia do gênio afinal de contas todos os gênios são meio malucos, meio maluca as pessoas já diziam que eu era só me faltava então a genialidade.
No outro dia minha irmã e eu assistimos um filme(Um grande garoto – Hugh Grant, 2002), o protagonista tinha 38 anos e não trabalhava, afirmava que não entendia como as pessoas conseguiam tempo para trabalhar mas ao mesmo tempo se sentia constrangido quando alguém perguntava o clássico: O que você faz?
Exceto o fato de que ele tinha o dobro da minha idade e que seus olhos eram bem mais azuis que os meus a identificação foi grande.
Eu chegava atrasada na faculdade, meus colegas comentavam sobre o dia cansativo, sobre o chefe impertinente…
- E tu? Isso são horas? Tava trabalhando até agora?
- Não na verdade eu estava dormindo.
Eu também me sentia constrangida, porque as pessoas achavam que não trabalhar era mais feio que dar na mãe. Por quê? Lindemberg foi definido como trabalhador, isso mudaria o conceito que você tem dele? Nardoni também trabalhava.
Se trabalhar fazia elas mais felizes tudo bem, eu respeitava apesar de não entender o fato de adorarem tanto serem massacradas por um tal de chefe, ser chacota da empresa por serem estagiárias e chegar em casa feias, suadas e com cara de cansadas sem nem vontade de namorar. Desculpa, mas eu preferia ficar em casa enchendo a barriga de doritos queijo nacho, vendo qualquer seriado idiota na tevê e quando o meu namorado chegasse em casa eu estaria disposta, bem humorada e saberia que quando ele falasse as palavras mágicas “Nossa como você está linda” não seriam só para me agradar. Obrigada Hugo(Beauty) e Helena(Rubstein)!
As pessoas achavam que eu estava louca porque eu dormia demais, não tinha grandes responsabilidades, essas coisas todas.
- Mas eu não tenho vontade de trabalhar, tenho vontade de dormir.
- Dormir é o que todos querem.
Se você pudesse fazer algo que todos quisessem e não pudessem você deixaria de fazer? Pra mim se tornava ainda mais excitante, como a sensação de pegar o mais gostoso do colégio, todo mundo quer mas quem pode é você.
Eu achava engraçado que todos os trabalhadores do Brasil me diziam que eram muito felizes, amavam as suas faculdades e seus trabalhos mas não me recordo de tê-los visto de bom humor na Segunda-feira e nem odiando os feriados por não ter que ir para o amado trabalhado e a idolotrada faculdade. Também não me recordo de hora extra sendo feita com prazer, me recordo de ligações aos prantos onde me diziam frases como “não tenho tempo pra nada”, “não sei se vou dar conta”, “só trabalho porque preciso de grana”. Eles que me desculpassem mas essa vidinha feliz eu não queria pra mim.
As pessoas definitivamente não entendiam meu ponto de vista, diziam coisas clichês, frases prontas e eu não tirava um único pensamento da cabeça: criar uma máquina de lavar louça que viesse com um vibrador.
domingo, 16 de novembro de 2008
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
Ai minha coluna
Imagine então três juntas falando o que pensam?
www.corramary.com